sexta-feira, 27 de novembro de 2015

T R A B A L H O F I N A L \O/


Universidade de Brasília
Faculdade de Ciência da Informação
Curso de Arquivologia
Diplomática e Tipologia Documental
Profº Drº André Ancona Lopez
Grupo Prevenidos da Diplomática
Alunos: Filipe Cunha, Rachel Aires, Viviane Cruz, Erick Souza


A EXPERIÊNCIA DO GRUPO PREVENIDOS DA DIPLOMÁTICA:
da diplomática ao preservativo


  • Introdução
Dentro da prática profissional do arquivista, são exigidos diversos conhecimentos interdisciplinares necessários para a organização documental inserida, muitas vezes, em diversos tipos de contextos e realidades, marcadas principalmente pela evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Pensando nisso, como forma de nos adequarmos a essa novidade, todo o trabalho desenvolvido pelo grupo Prevenidos da Diplomática, da disciplina Diplomática e Tipologia Documental, foi desenvolvido imerso em uma nova forma de aprendizagem, proposta por Lopez (2011) por meio de uma ferramenta da web 2.0, no caso, o blog, onde está registrado e disponível todas as atividades produzidas no decorrer do semestre.

Para finalizarmos a disciplina e deixar registrado nosso aprendizado, apresentaremos neste trabalho nossas ideias, percepções e resultados após algumas discussões em sala de aula, atividades realizadas e a nossa oficina, focando no documento escolhido pelo nosso grupo: o preservativo. 
  • As contribuições da Diplomática para a Arquivologia
Levando em consideração que, no decorrer do tempo, a evolução dos documentos arquivísticos exigiu que a Arquivologia incorporasse novos modelo para responder adequadamente ao cenário que a contemporaneidade demandava, o método apresentado pela Diplomática se mostrou aliado nesse desafio. 

A Diplomática, em suas origens, segundo Tognoli (2013), buscava, por meio de manuais modernos, a definição de elementos para verificar se os documentos produzidos e utilizados durante a Idade Média, eram autentico ou falsos. Então, por meio da verificação da alternância dos períodos no qual eram produzidos, os diplomatistas analisavam, unicamente, os documentos da Igreja Católica e dos reis.

Com o passar do tempo, foi ampliada a análise diplomática para outros tipos de documentos. Acontece, justamente nessa fase de ampliação, a interlocução da Diplomática com a Arquivologia, tornando-se um aliado na organização da informação contida nos arquivos. Por meio disso é entendido que a metodologia da diplomática pode ser inserida na realidade arquivística de contexto de produção e arranjo da informação
Foi por meio dessa interlocução que encontramos base para desenvolvermos as atividades do nosso grupo utilizando o preservativo como objeto de nossas análises, buscando entender sua forma documental para compreendê-lo e associá-lo a conjuntos mais amplos, em outras palavras, como um documento de arquivo.

Tudo começou no primeiro dia de aula na disciplina "Diplomática e Tipologia Documental", do curso de Arquivologia. Havia, habituacalmente, uma certa expectativa com relação ao desenvolvimento do semestre. 

·         O preservativo

Os preservativos são usados há pelo menos 400 anos, desde o século XIX, e são os mais comuns métodos contraceptivos em escala global. Há registros de uso de preservativos na Ásia anterior ao século XV onde cobriam apenas a glande do pênis. Na China, é provável que os preservativos para a glande tenham sido fabricados em papel de seda oleado ou a partir de intestino de cordeiro.
Em épocas posteriores, o uso de coberturas para o pênis é descrito por toda a Europa. Durante o Renascimento eles eram feitos de intestinos e tecido da bexiga. Em finais do século XV os comerciantes holandeses introduziram no Japão preservativos feitos de pele que cobriam o pênis por completo. A partir do século XVIII os preservativos passaram a ter diversas qualidades e tamanhos, fabricados a partir de linho tratado com químicos ou pele (da bexiga ou intestino).

·         Incentivo à postagem

Durante a disciplina Diplomática e Tipologia Documental, foram propostas diversas atividades para que pudéssemos compreender o preservativo como um documento capaz de ser incluído nas análises críticas da diplomática. Abordamos, em nossas postagens, as seguintes temáticas: 

Diversidade de Tipologias: (Acesse a atividade aqui)
     
Nesta atividade o Professor nos passou um texto do Mariano García, e neste texto possui vários exemplos de análises tipológicas, e cada produtor escolheria o plano que mais se adapta com seu fundo arquivístico. No nosso caso houve um problema em escolher devido ao nosso documento, acabamos escolhendo o modelo Madrid, e adaptamos um preservativo a ele. Este autor analisa questões do tipo Legislação, Código, Expurgo, etc.

Arquivando Novos Documentos: (Acesse a atividade aqui)

     Tivemos como objetivo fazer uma análise diplomática e tipológica de dois documentos, o preservativo masculino e o anticoncepcional. Conseguimos aprender bastante com o Mariano García, mas começamos a utilizar o ‘estilo Duranti de analisar’, e assim completamos mais um difícil ciclo de análise sobre esses dois documentos. Duranti já coloca ênfase nos aspectos intrínsecos e extrínsecos  como Tipo, Forma, Formato, Gênero, etc.

Documento Misterioso: (Acesse a atividade aqui)

     Esta atividade se baseou em um documento que não sabíamos nem o nome. O professor nos deu a tarefa de pesquisar o documento. Com todas nossas artes e experiências de detetives fomos atrás de algum informe sobre este documento. Depois de encontrar, descobrimos que era um Cartão Perfurado, uma mídia de armazenamento antiga. Assim lá fomos nós fazer  uma análise e tipológica do Cartão Perfurado.

Autêntico ou Verídico? (Acesse a atividade aqui)

     Como um dos temas mais trabalhados durante o semestre, a autenticidade e veracidade nos deu muita dor de cabeça, e causou confusão na cabeça de muitas pessoas. Assim foram lançados desafios entre os alunos, e a nossa aluna da vez foi a Daniella Larcher. Um dos  integrantes do nosso grupo, o Erick, lançou um desafio para a Daniella analisar se um dos documentos bancários dele é autentico e/ou verídico.


  • Associando nosso preservativo à disciplina

No decorrer da disciplina, conseguimos, aos poucos, identificar nosso documento segundo suas características extraídas na análise diplomática. Conseguimos, assim, inserir o preservativo como um documento não convencional capaz de ser inserido dentro de um contexto administrativo, constituindo-se como um documento de arquivo.

Apresentamos, a seguir, um modelo de análise tipológica de Madrid, apresentado por Mariano García Ruipérez, realizada em uma das atividades do blog:

Disponível aqui

Apresentamos o modelo acima, porém, o modelo utilizado pelo professor André Lopez durante suas aulas, de autoria própria, é apresentado no capítulo do livro Arquivos do mundo dos trabalhadores: coletânea do 2º Seminário Internacional, intitulado de "Identificação de tipologias documentais em acervos dos trabalhadores". Nesse trabalho, o tipo documental é a junção da espécie com a função de uso para o titular do arquivo, possibilitando a compreensão das relações internas existentes no fundo e a elaboração de planos de classificação.


Então, conseguimos elaborar, por meio de fluxograma criado pelo programa Bizagi, o processo de inserção do preservativo, em arquivo permanente, como registro da participação em campanhas contra DSTs em períodos de Carnaval.

Disponível aqui


  • Considerações finais

Como deu pra perceber, aprendemos muito com essa matéria, o professor nos fazia aprender da forma mais difícil, e legal ao mesmo tempo, pois o semestre todo tivemos desafios, e esses desafios aguçaram a nossa curiosidade e vontade de aprender, pesquisar. Aprendemos conceitos de diplomática e tipologia como ninguém. Tendo em vista que conseguimos quebrar o TABU arquivística, que era pensar que documento é somente uma ATA, MEMORANDO, ATO, OFICIO, etc. Aprendemos portanto que tudo pode ser um documento, dependendo de seu contexto arquivístico.

  • Referências 
- DURANTI, Luciana. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel Vázquez. Carmona (Sevilla): S&C, 1996. (Biblioteca Archivística, 5).
- LOPEZ, A. Identificação de tipologias documentais em acervos de trabalhadores. In: Antonio José Marques; Inez Tereznha Stampa. (Org.). Arquivos do mundo dos trabalhadores: coletânea do 2º Seminário Internacional. São Paulo; Rio de Janeiro: CUT; Arquivo Nacional, 2012, p. 15-31.
-  LOPEZ, A.; AVILA, R. Blogs de Diplomática e Tipologia documental como instrumento de aprendizagem: uma experiencia da Universidade de Brasília. In: II CONGRESO INTERNACIONAL COMUNICACIÓN 3.0, 2010, Salamanca. Libro Nuevos Medios, Nueva Comunicación. Salamanca : USAL, 2010. v. 1. p. 1086-1098. ISSN/ISBN: 9788461516933. 
- RODRIGUES, A.C. Diplomática contemporânea como fundamento metodológico da identificação de tipologia documental em arquivos. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008. Tese (Doutorado em História Social). Faculdade de
- TOGNOLI, Natália Bolfarini.  A construção teórica da Diplomática: em busca de uma sistematização de seus marcos teóricos como subsídio aos estudos arquivísticos. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Oficina Virtual

Uma maneira mais divertida para ver a oficina! Clique aqui!


     Saudações, após muita espera, finalmente já se passaram as oficinas, e eu sei que para quem foi o nosso grupo deixou um gostinho de quero mais. E nós seriamos ingratos se não mostrássemos a todos vocês que tanto nos acompanhou durante este segundo semestre de 2015 como foi a nossa oficina e infelizmente não pode ir. Para ser bem específico, não falaremos de como foi nossa apresentação, nós vamos fazer uma apresentação a todos vocês. Portanto sugiro que vocês façam um lanchinho, procurem uma posição confortável e gozem da nossa apresentação, pois a partir deste momento vocês não vão querer desgrudar os olhos da tela.


Mas primeiro vamos explicar algumas coisas que são importantes saber. Por exemplo, o que é documento. Na teoria, documento pode ser tudo que a pessoa impõe um valor e faz guarda, por exemplo, se um ente querido lhe deu uma foto, um violão, um colar, até mesmo uma liguinha, e você impõe um valor sentimental (por exemplo) e faz sua guarda, aquilo seria um documento do seu fundo arquivístico. Todavia, um documento arquivístico (organizacional, por exemplo), é a junção de informação + suporte, que atenda uma atividade.

Sendo assim vamos lá:

 Proposta da oficina
         Explorar os diversos assuntos relacionados à preservativos dentro do contexto da Diplomática e Tipologia Documental e como ele se encaixa no Arquivo Permanente.

Nosso documento:

     O Preservativo, é personagem principal de histórias empolgantes e dono de grande poder, já que é um contraceptivo de barreira que pode ser usado durante a relação sexual com o intuito de reduzir a probabilidade de ocorrência de uma gravidez ou de contrair doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV. Porém, são ainda utilizados para diversas finalidades sem propósitos sexuais (Como assim? Falaremos disso já já).
        Atualmente, a maioria dos preservativos é fabricado em látex, mas existem também os que são fabricados em poliuretano ou poli-isopreno e existe também um preservativo feminino fabricado com nitrilo.
  



Relação conceitual do preservativo com a Diplomática. 

Durante os estudos na disciplina Diplomática e Tipologia Documental, do curso de Arquivologia da Universidade de Brasília, pudemos ter contato com os diversos conceitos, aplicações e contribuições da Diplomática para a arquivística.

A Diplomática, segundo Duranti, surgiu da necessidade de analisar os critérios para definir documentos que eram tidos como autênticos ou falsificações. Foram muitas discussões a partir do Século XVII, iniciadas pela Igreja Católica, para definir a autenticidade de documentos eclesiásticos. Depois de várias publicações oficiais a respeito de análises diplomáticas da própria instituição religiosa, levando em consideração os aspectos da doutrina diplomática (diplomática geral) e da pratica da análise diplomática (diplomática especial), a disciplina foi se consolidando até se tornar um apoio fundamental à arquivística contemporânea por meio de sua vinculação à gênese documental e a compreensão do produtor do documento.

Para entendermos onde o preservativo entra em tudo isso, podemos considera-lo como um documento? 

Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, o documento é “a unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte”. A diplomática o tem como objeto, pois possui a evidência sobre um suporte por meio de um meio de transmissão da informação. O preservativo possui essa caraterística! Ele é registro de informações, principalmente por meio de sua embalagem que possui vários aspectos que conferem  autenticidade e veracidade à camisinha.

Para ficar claro, o preservativo é autentico quando, em sua embalagem, apresenta todos os elementos estipulados para conferir-lhe autenticidade. A veracidade é conferida quando o preservativo é verdadeiramente o que se propõem a ser.

Parceira das nossas análises de autenticidade, temos o ANVISA que publicou a Resolução da Diretoria Colegiada nº 3, de 2002, a qual apresenta elementos necessários para definirmos os itens que precisamos considerar na embalagem que pode ser primária ou de consumo.


NOTA: No caso da primeira importação de preservativos masculinos, o número de registro no Ministério da Saúde poderá ser fixado através de etiqueta autoadesiva não reutilizável.

Baseado, também, na premissa que a análise diplomática é possível em documentos de distintas naturezas, tivemos certeza que a camisinha poderia ser a nossa parceira nas discussões sobre autenticidade e veracidade. Dessa forma, acreditamos que as atividades da nossa oficina possui a finalidade de tornar compreensível ao público que o arquivista pode transcender e abordar, sob o ponto de vista da Diplomática e Tipologia Documental, um documento que não está em suporte “papel” durante nossa profissão, principalmente um item para a preservação da nossa saúde, agregando ao mesmo tempo a confiança oferecida pela a análise diplomática por meio dos aspectos de suporte, espécie, formato, forma e sinais de validação.



Será que existe Tipologia no preservativo ?

Segundo Bellotto, Tipologia documental é o estudo que tem como objeto os tipos documentais, e entendidos como a configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que a gerou, a natureza do conteúdo.




Autenticidade do preservativo

     Sua autenticidade pode ser provada através da identificação dos itens abaixo, que podem atestar a veracidade do produto.

Embalagem de Consumo: Esta embalagem deve conter no máximo 12(doze)embalagens primárias, sendo obrigatórias as informações a seguir.
Na face principal, deverá constar no mínimo:
  •           Nome e marca do produto;
  •          Características do produto (liso, texturizado, anatômico, OUTROS);
  •          Quantidade de preservativos em unidades;
  •          Marca de conformidade com este regulamento, quando disponível.
         Nas outras faces, deverá constar, no mínimo:
  •          Origem do produto, informando o nome e endereço do fabricante e do importador quando for o caso;
  •          Número do lote, da fabricação e data de vencimento ou prazo de validade;
  •          Os dizeres “não fracionar”
  •          O número de registro no Ministério da Saúde;
  •          O nome do responsável técnico;
  •          Os dizeres “preteja este produto do calor, umidade e da luz”;
  •          Número de telefone para atendimento ao consumidor no estado onde de comercializa;
  •          Composição do produto (látex, tipo de lubrificante, espermicida entre outros aditivos);
  •          Os dizeres “produto de uso único” ler instruções de uso.

Vamos mostrar agora a embalagem de consumo que produzimos para a oficina, onde ela mostra essa diferença em algum dado que pode tornar ela não autentica.
Como podemos ver, a embalagem tem que ter o registro da ANVISA e não o da farmácia responsável. Isso já torna o produto não apropriado para o uso.



EMBALAGEM DE CONSUMO





Fluxogramas

Para a oficina fizemos três fluxogramas que representa como ele pode se inserir dentro de um arquivo permanente também ser um documento de arquivo. Cada um deles tem uma função diferente. O primeiro que criamos fala sobre o processo de importação do preservativo, o segundo para uma campanha do uso de preservativos no carnaval e o terceiro fala sobre p preservativo que criamos e a pessoa em um encontro amoroso usa o preservativo e pode guardar aquilo como prova que teve uma noite agradável no dia em que ocorreu a oficina e que quis guardar em seu arquivo pessoal.


 FLUXOGRAMA 1

FLUXOGRAMA 2




FLUXOGRAMA 3


Então foi isso galera! Mostramos um pouco sobre o que o preservativo masculino pode acrescentar no estudo da Diplomática e Tipologia Documental. Essa é nossa Oficina virtual. A oficina que aconteceu no dia 06/11 no ICC Norte foi uma maravilha, todos querendo nossos preservativos confeccionados exclusivamente para a ocasião. 


EMBALAGEM DA CAMISINHA CONFECCIONADA.

Foi tudo muito bom e ficamos por aqui com nossos agradecimentos ao professor André! Sei que ainda temos muito que aprender mas até aqui estamos seguindo firmes e fortes! 



Prevenidos da Diplomática: Viviane Cruz, Rachel Gonçalves, Filipe Cunha e Erick Souza.




Durante a apresentação: 


Ganhador do sorteio. 





terça-feira, 3 de novembro de 2015

CONVITE ESPECIAL

E Aaaaiiii Galera...

E então chegamos na semana da oficina \o/... Passamos somente para deixar Oficialmente o Convite e lembrá-los que já é  SEXTA Uêeebaaa... anotem aí e não percam!!! Abraços e até lá!!!



Viviane Cruz
Rachel Gonçalves
Filipe Cunha

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Prévia do grande dia \o/

 
Enfim estamos chegando ao grande dia da nossa “Oficina” que depois de muito trabalho e dedicação está saindo do forno.
E então? Sobre o que falaremos durante a nossa Oficina? Vamos lá... Abordaremos de forma sucinta e direta os conceitos ligados à arquivologia importantes para um bom entendimento do que é Diplomática e Tipologia, o contexto em que o nosso documento está inserido no arquivo permanente e analisaremos sua embalagem para que possamos identificar os sinais de autenticidade e veracidade que o cercam para que todos saibam identificar um possível preservativo falso. Nossos recursos visuais serão o banner, impressos sobre diversos tipos de preservativos e cartazes informativos espalhados no nosso stand.
Mas afinal o que o nosso documento o preservativo tem a ver com arquivologia?
Um documento é qualquer registro de informações, independentemente do formato ou suporte utilizado para registrá-las e documento arquivístico é a informação registrada, independente da forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer das atividades de uma instituição ou pessoa, dotada de organicidade, que possui elementos constitutivos suficientes para servir de prova dessas atividades.
Há vários casos em que a embalagem ou até mesmo o preservativo embalado poderá ser um documento de arquivo, para isso devemos analisar o produtor do documento e o contexto em que o documento está inserido, tudo isso através da análise diplomática que prova sua autenticidade... que saber mais?? Não percam a nossa oficina pois teremos informação de qualidade, sorteio, brindes... aparece lá então!!
Data da Oficina: 06/11/2015
Local: Ceubinho (ICC Norte - UnB)
Horário: À partir das 19 Horas

Contamos com vcs!!

Parada para um cartão postal!!



Olá galera, então estamos quase lá heim? Nossa oficina está a todo vapor daqui a pouco sai do forno, enquanto isso as aulas continuam super cheias de informações a absorver. Já entendemos então que a diplomática e tipologia são a forma de conhecer intrínseca e extrinsecamente uma unidade documental, para que conheçamos a gênese documental e entendamos o documento desde o seu nascimento até compreender, por que e como, ele é estruturado no momento de sua produção.

Durante a última aula (16/10) vimos as dificuldades em determinar se um documento é de arquivo ou não principalmente quando existe ausência de contexto e de espécies bem definidas.

Um documento de arquivo segundo o Conselho Nacional de Arquivos, é  um “conjunto constituído por um suporte e pela informação que ele contém”, sim mas é uma definição bastante genérica já que os registros documentais representam um tipo de conhecimento único, como citado pelo Professor André durante a aula: “Para ser documento de arquivo é necessário estar ligado administrativamente ao produtor e ser guardado como prova da atividade que o gerou.”

O professor André nos entregou então um cartão postal, para que fizéssemos uma análise, então percebemos que privilegiando o caráter contextual e discutindo ideias com o professor chegamos a seguinte análise durante a aula:


Espécie: Cartão postal publicitário

Formato: Cartão frente e verso

Gênero: Imagético, textual, publicitário

Forma: Original

Sinais de validação: Logo do emissor, informações como endereço do produtor e do projeto a que a publicidade se refere

Análise de Conteúdo: possui uma foto na face frontal, e local para postagem e texto no verso divido com informações.

Função: auxiliar a aula do professor.

É autêntico: sim

É verídico: Sim

Contexto ou Fundo: Professor André

É documento de Arquivo: Não, por que não tem função arquivística, serve para dar aula e é instrumento de apoio, mas não é documento de prova.



Entendemos através de tais interpelações a importância de se estabelecer uma ordem para a análise, o que virá primeiro e o que virá depois, e fomos levados a pensar até que ponto o documento serve como prova. Para Duranti “os documentos são autênticos porquê são criados tendo-se em mente a necessidade de agir através deles, são mantidos como garantias para futuras ações ou para informação. (...) Sendo assim os documentos são autênticos porquê são criados, mantidos e conservados sob custódia de acordo com procedimentos regulares que podem ser comprovados” isso nos leva a entender que mesmo documentos criados à margem desses procedimentos podem ser autênticos mas não ser documento de prova, assim como o cartão postal, ele não é documento de arquivo, e só foi utilizado pelo professor para auxiliar a aula, isso não significa que ele necessariamente será guardado como prova da aula, mas continua a ser autêntico e verídico.

É importante lembrar que um documento em sua individualidade não é testemunho completo de um ato ou ação que o criou, pois é a relação que ele estabelece com outros documentos e com a atividade da qual ele é resultado que lhe atribui significado e capacidade comprobatória.

A dificuldade em entender se um documento é de arquivo ou não está no fato de que devemos saber diferenciar análise de conteúdo da análise de função do documento, há a necessidade de pensar nas condições sob as quais o documento foi produzido, quem o criou, onde e quando isso se deu, porquê foi produzido para que possamos chegar a seguinte pergunta: o que o documento pretende provar? É o contexto de produção que permite a compreensão da informação contida no documento e portanto suas definições.


“Em uma época onde o progresso tecnológico nos projetou na era da informação, deve atravessara parede do formato – documento – para ir na direção do conteúdo, a informação” Rousseau e Couture (1998)


Fontes: SANTOS, Vanderlei B. dos S.; INNARELLI, Humberto C.; SOUSA, Renato T. B. de; Arquivística temas contemporâneos. 3° Ed, Distrito Federal, SENAC, 2009.